A Coreia do Norte é contra a guerra, mas se a Coreia do Sul optar pelo confronto militar ou fizer um ataque preventivo, as forças nucleares norte-coreanas terão que atacar, disse o país liderado por Kim Jong-un.
Kim Yo-jong, autoridade de alto escalão do governo e do partido governista, disse que foi um “grande erro” o ministro da Defesa da Coreia do Sul fazer comentários recentes sobre ataques ao Norte, informou a agência de notícias estatal KCNA.
O ministro da Defesa sul-coreano, Suh Wook, disse na última sexta-feira (1º) que as Forças Armadas de seu país têm vários mísseis com alcance de disparo, precisão e poder significativamente aprimorados, com “capacidade de atingir com precisão e rapidez qualquer alvo na Coreia do Norte”.
A Coreia do Norte testou uma série de mísseis cada vez mais poderosos neste ano. Autoridades em Seul e Washington temem que ela esteja se preparando para retomar testes de armas nucleares pela primeira vez desde 2017, em meio a negociações paralisadas.
Kim e outra autoridade norte-coreana declararam no domingo (3) condenando essas afirmações e alertaram que Pyongyang destruiria alvos importantes em Seul se a Coreia do Sul tomar qualquer ação militar perigosa, como um ataque preventivo.
Em sua segunda declaração, Kim disse que Pyongyang se opõe à guerra, que deixaria a península em ruínas, e não vê a Coreia do Sul como seu principal inimigo.
“Em outras palavras, isso significa que, a menos que o Exército sul-coreano tome qualquer ação militar contra nosso Estado, ele não será considerado alvo de nosso ataque”, disse.
“Mas se a Coreia do Sul, por qualquer motivo optar por uma ação militar como ‘ataque preventivo’, a situação mudará”, acrescentou Kim.