Após reunir-se com um grupo de refugiados ucranianos no Vaticano neste sábado (2), o papa Francisco iniciou sua viagem para Malta e afirmou que está considerando uma viagem à capital da Ucrânia, Kiev, em meio à guerra iniciada pela Rússia em 24 de fevereiro.
Questionado por um dos jornalistas a bordo do avião que o levava de Roma a Malta se ele estava considerando o convite feito por autoridades ucranianas, o Pontífice respondeu que “sim, está na mesa”. Ele, porém, não deu mais detalhes.
A declaração é dada após Jorge Bergoglio telefonar para o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para debater a “difícil situação humanitária e o bloqueio de corredores de resgate pelas tropas russas”.
O argentino já condenou a invasão à Ucrânia em diversas ocasiões e se negou a aceitar a narrativa russa de que trata-se apenas de uma “operação especial”, chamando sempre o conflito de “guerra”, além de denunciar o “massacre” da população civil.
Hoje cedo, antes de deixar a Casa Santa Marta, o Pontífice encontrou algumas famílias refugiadas da Ucrânia acolhidas pela Comunidade de Sant’Egidio, juntamente com o esmoleiro do Papa.
“No grupo estava uma mãe de 37 anos com duas filhas, de 5 e 7 anos, que chegaram à Itália há cerca de 20 dias, provenientes de Lviv. A menina mais nova passou por uma cirurgia cardíaca e está sob supervisão médica, em Roma”, informou o Vaticano.
Entre os refugiados estava outras duas mães, cunhadas, e quatro menores, com idades entre 10 e 17 anos, hospedados num apartamento oferecido por uma mulher italiana.
Uma terceira família chegou há três dias, passando pela Polônia: são seis pessoas provenientes de Kiev, mãe e pai, com três filhos, de 16, 10 e 8 anos, e uma avó de 75 anos, acrescenta a nota.
Os refugiados vivem em uma casa oferecida por uma mulher italiana, para acolher quem foge da guerra.