O funcionário público S. S. , conhecido por Lola, foi preso nesta sexta-feira, 14, pela Polícia Civil de Porto Walter acusado de indução ao aborto de uma menor de 13 anos, que afirma ter tido um relacionamento com o homem. A prisão dele foi decretada preventivamente pela Comarca da cidade após a repercussão do caso na imprensa.
A menina disse à Polícia que além de dinheiro para comprar um medicamento abortivo, teria dado remédio a ela com essa finalidade. A garota já estava no sexto mês de gravidez quando, no último dia 1° de junho, abortou dentro do banheiro de casa e em seguida jogou o natimorto em um quintal próximo.
Os cachorros e urubus estavam devorando o corpo do recém-nascido quando foram encontrados por populares. A Polícia Civil passou a investigar o caso e chegou à jovem, que contou toda a história.
Segundo o delegado José Obetanio, o homem deve responder pelos crimes de estupro de vulnerável e indução ao aborto. O corpo do natimorto será exumado para constatação da paternidade. “A palavra da menina é reforçada pelo pix feito pelo S.S, mesmo ele negando os fatos”, confirma o delegado.
Lola é pré-candidato a vereador por um partido que se posiciona contra o aborto. Ele tem mais de 40 anos, mora com a mãe e tem pelo menos 5 filhos.
A menor esteve na Unidade Mista de Saúde de Porto Walter mas foi retirada de lá por uma mulher.