Com aproximadamente 3000km de extensão, o Rio Juruá é considerado o manancial mais sinuoso da bacia amazônica. Com a nascente nos Andes peruanos, o rio banha os estados do Acre e Amazonas, desaguando no rio Solimões.
O Rio Juruá, de grande importância para a região, serve como hidrovia para diversas comunidades ribeirinhas, visto que rodovias são praticamente inexistentes na maior parte de seu curso.
José Silva, que trabalha há 20 anos com transporte fluvial para o município de Porto Walter, relata que, apesar da experiência, os cuidados em favor dos passageiros devem ser sempre mantidos devido aos possíveis perigos durante a viagem.
“No período de verão, temos muita dificuldade por conta dos troncos. Temos que tomar muita atenção, pois existe o perigo de bater e alagar. Já houveram embarcações que naufragam dessa forma. Passageiros são vidas, então a prioridade deve ser manter a segurança dessas pessoas. O barco deve estar totalmente habilitado e certificado para poder seguir viagem”, alerta Silva.
Além dos perigos durante o verão, o período de inverno também requer atenção dobrada para obstáculos — que muitas vezes podem vir cobertos pela água e danificar o barco.
Em caso de forte contato do motor com algum tronco, o custo para manutenção é elevado, o que leva pilotos a serem ainda mais cautelosos ao dirigir suas embarcações. Coletes salva-vidas, extintores de incêndio e bóias são itens de segurança solicitados pela Marinha.
Muitos episódios de acidentes no rio acontecem por conta de irresponsabilidade ou excesso de confiança de tripulantes, e também pilotos. Obedecer procedimentos de segurança é vital para evitar possíveis acontecimentos trágicos.
