Cruzeiro do Sul, Acre 28 de novembro de 2024 17:53

Seis escolas estaduais em Cruzeiro do Sul vão poder usar a ‘Justiça Restaurativa’ para resolver conflitos

O Tribunal de Justiça do Acre, seguindo a determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), está implementando um projeto pioneiro de justiça restaurativa nas escolas do estado. O pedagogo Fredson Pinheiro, representante do tribunal, destacou que, embora a iniciativa esteja alinhada com as diretrizes do CNJ, o tribunal já vinha trabalhando para introduzir essa nova forma de resolver conflitos no ambiente escolar.

Atualmente, o projeto está em andamento em cinco escolas de Rio Branco, duas em Brasileia, uma em Assis Brasil e agora se expande para seis escolas em Cruzeiro do Sul. “A justiça restaurativa oferece às partes envolvidas em um conflito a oportunidade de terem protagonismo na resolução de suas próprias disputas, diferentemente do método tradicional, onde uma terceira parte alheia ao conflito toma as decisões”, disse.

Em uma fase posterior, o tribunal planeja capacitar servidores, especialmente professores, para aplicarem práticas restaurativas no ambiente escolar. Já em Rio Branco, professores de cinco escolas, com o apoio do Instituto Federal do Acre, estão realizando círculos de justiça restaurativa.

Foto: Reprodução

Rocinete Santos, coordenadora de ensino da Representação da Secretaria de Estado de Educação (RSEE) em Cruzeiro do Sul, explicou que o projeto piloto inicialmente atenderá as seis escolas. O objetivo é promover a paz, mediar conflitos e proporcionar momentos de reflexão sobre comportamentos sociais que impactam o espaço escolar.

“A parceria entre o Tribunal de Justiça, a Secretaria de Educação e o Ministério da Educação (MEC) visa aproximar a justiça da realidade escolar, abordando temas sociais como bullying e preconceito”, explicou Rocinete. A primeira fase do projeto envolve o contato inicial e a capacitação dos profissionais da educação pelo TJ, preparando-os para multiplicar o conhecimento e promover ações de mediação de conflitos dentro das escolas.

Foto: Reprodução