Cruzeiro do Sul, Acre 26 de novembro de 2024 04:33

Recuperação judicial da Gol pode atrapalhar plano do governo na redução das passagens

Toda recuperação judicial é dolorosa, mas o processo anunciado pela Gol tem um desdobramento adicional no mundo político. O problema financeiro da segunda maior companhia doméstica pode dificultar o plano do governo de tentar reduzir preços das passagens aéreas.

Até a semana passada, o foco do Palácio do Planalto estava no consumidor. Agora, a prioridade pode ter mudado: evitar problemas ainda maiores no setor.

A Gol é a segunda maior empresa aérea brasileira. Em 2023, a companhia fundada pela família Constantino teve 32,3% do mercado e carregou 29,5 milhões de passageiros, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Toda recuperação judicial é dolorosa, mas o processo anunciado pela Gol tem um desdobramento adicional no mundo político. O problema financeiro da segunda maior companhia doméstica pode dificultar o plano do governo de tentar reduzir preços das passagens aéreas.

Até a semana passada, o foco do Palácio do Planalto estava no consumidor. Agora, a prioridade pode ter mudado: evitar problemas ainda maiores no setor.

A Gol é a segunda maior empresa aérea brasileira. Em 2023, a companhia fundada pela família Constantino teve 32,3% do mercado e carregou 29,5 milhões de passageiros, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Independentemente do destino final dessa jornada, analistas e os próprios concorrente têm uma certeza: a Gol precisa continuar voando para ter fôlego para atravessar essa turbulência. Para isso, a promessa de empréstimo de quase R$ 5 bilhões obtido pela aérea é essencial.

A primeira parcela dessa operação — de US$ 350 milhões ou cerca de R$ 1,7 bilhão — foi liberada pela Justiça dos EUA.

“Com a aprovação, a Gol honrará todos os compromissos com parceiros de negócios e fornecedores de bens e serviços prestados a partir da data de início do processo em 25 de janeiro de 2024, além do pagamento de salários aos colaboradores”, diz a empresa.

Foto: REUTERS/Nacho Doce