Cruzeiro do Sul, Acre 23 de novembro de 2024 16:09

MP investiga loja de departamentos após vídeo mostrar funcionários usando fogos para espantar pássaros no Acre

Um vídeo que mostra pessoas soltando fogos de artifício para, possivelmente, atingir e matar pássaros que estavam no telhado e fiação da Loja Havan, em Rio Branco, virou alvo de investigação do Ministério Público do Acre (MP-AC). As imagens foram compartilhadas nas redes sociais da Associação Patinha Carente.

O caso teria ocorrido na quarta-feira (23), no período da noite, e teria sido praticado por funcionários da loja. A ONG compartilhou uma nota de repúdio contra a loja de departamentos e diz que registrou uma ocorrência na polícia.

Segundo a publicação, pelo menos dez aves teriam sido atingidas. “As pessoas que estavam no local alegaram que muitos pássaros morreram na hora e muitos saíram desorientados. Já não basta a maldade com os cachorros e gatos e agora nem os pássaros estão tendo paz”, alega.

A reportagem entrou em contato com a Loja Havan e foi informada que os gestores ainda não tem conhecimento das imagens e nem da investigação.

A presidente da ONG, advogada Vanessa Facundes, disse que recebeu as imagens de um rapaz, que teve acesso ao material por meio de um amigo. Antes da filmagem, a pessoa relatou que os funcionários da loja já tinham lançado outros dois fogos.

“Na terceira [vez] ele decidiu filmar porque não paravam. Foram os próprios funcionários da Havan”, relatou.

O g1 tentou contato com o rapaz que filmou o vídeo, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Investigação

A Promotoria Especializada de Meio Ambiente da Bacia Hidrográfica do Baixo Acre do MP-AC será responsável pela abertura de um procedimento para investigar a denúncia.

A promotoria destacou que teve conhecimento dos fatos pela publicação da ONG.

“Como tomamos conhecimento do fato pelas redes sociais, vou instaurar de ofício um procedimento na Promotoria do Meio Ambiente e chamar as pessoas que foram responsáveis por esse ato para ouvir o depoimento delas. A partir desses depoimentos, vamos ver quais serão os desdobramentos”, afirmou a promotora de justiça Meri Cristina Amaral Gonçalves.