Cruzeiro do Sul, Acre 24 de novembro de 2024 16:34

Paciente nos EUA vive há mais de um mês com o rim de um porco

Procedimento foi realizado por Instituto de Transplante Langone da NYU e é esperança para implantação de órgãos entre espécies

O rim de um porco geneticamente modificado ainda funciona, 32 dias após ter sido transplantado, em um paciente com morte cerebral, informou um centro médico dos Estados Unidos nesta quarta-feira, 16. O procedimento faz parte de um grande experimento focado na implantação de órgãos entre espécies, a fim de reduzir a fila de espera para um transplante. Mais de 103 mil pessoas esperam para receber um órgão nos Estados Unidos, e 88 mil precisam de rins. “Este trabalho demonstra que um rim de porco – com apenas uma única modificação genética e sem medicações ou dispositivos experimentais – pode substituir a função de um rim humano por pelo menos 32 dias sem ser rejeitado”, explicou o médico Robert Montgomery, diretor do Instituto de Transplante Langone da Universidade de Nova York (NYU). Montgomery realizou o primeiro transplante de rim de um porco modificado geneticamente em um ser humano em setembro de 2021, seguido por um procedimento semelhante dois meses depois. Desde então, houve outros casos. Enquanto nos transplantes anteriores os rins apresentavam até dez modificações genéticas, o último procedimento apresentou apenas uma: no gene envolvido na chamada “rejeição hiperaguda”, que supostamente ocorre poucos minutos após conectar um órgão animal a um sistema circulatório humano.