Cruzeiro do Sul, Acre 24 de novembro de 2024 19:30

Países europeus se mobilizam para retirar seus cidadãos do Níger após golpe de Estado

Mohamed Bazum, um dos últimos governantes pró-Ocidente nesta região da África, foi destituído no dia 26 de julho; ele estava no poder desde 2021

Os países europeus começaram a se movimentar para retirar seus cidadãos do Níger, seis dias após o golpe de Estado que derrubou Mohamed Bazum, um dos últimos governantes pró-Ocidente nesta região da África, onde atuam vários grupos extremistas. A França começará a retirar seus cidadãos nesta terça-feira, 1, informou o ministério francês de Relações Exteriores. “Diante da deterioração da situação de segurança e aproveitando a calma relativa em Niamey, nós estamos preparando uma operação de retirada por via aérea”, afirmou a embaixada em uma mensagem aos cidadãos franceses. A França calcula que quase 600 cidadãos do país estão no Níger, número que não inclui os turistas ou os residentes franceses que estão fora do país. Esse anúncio vem um dia após as manifestações hostis diante da embaixada francesa. Na segunda-feira, 31, a junta militar acusou a França de tentar “intervir militarmente”, o que Paris nega, ao mesmo tempo que Mali e Burkina Faso, também governados por militares, alertaram que qualquer intervenção no Níger seria uma “declaração de guerra” contra estas nações.