A nova tecnologia acende um debate sobre o trabalho dos dubladores
Através de inteligência artificial, os fãs viajam no tempo permitindo que os cantores que já não estão entre nós deem voz a composições feitas após suas mortes. A inteligência artificial pega a voz e coloca o que quer saindo dela. Isso abre brechas para vídeos falsos, com uso da chamada deepfake, frequentemente envolvendo celebridades e figuras políticas.
E o uso da Inteligência artificial já chegou aos cinemas. No filme Rogue One: Uma História Star Wars, a atriz Carrie Fisher também foi recriada digitalmente para aparecer como a jovem Princesa Leia.
A nova tecnologia acende um debate sobre o trabalho dos dubladores. A inteligência artificial será capaz de colocar a voz original dos atores em outros idiomas? Isso dispensaria o trabalho de dublagem?
“A qualidade da cultura está sempre evoluindo isso não tem como você detectar numa inteligência artificial e eu falo a sutileza. A gente sempre fala assim: o nosso trabalho vai muito além, transformamos um filme em algo acessível para toda população e com a nossa característica do Brasil com jeito de falar do Brasil”, disse o dublador Ulisses Bezerra.
Para o diretor, a tecnologia tem que ser regulamentada para ser bem utilizada. “A novidade vem para ajudar, mas não pode me substituir. Tem que regulamentar, tem que ter um debate legal defendendo a nossa cultura que é isso é importante e é importante estar regularizado por lei, porque se não, vira a terra de ninguém” disse.