Comandante do corpo de bombeiros declarou que dois dos internados estão em estado grave; investigação foi aberta para determinar as causas do acidente
Ao menos seis idosos morreram nesta sexta-feira, 7, em uma casa de repouso em Milão, na Itália, depois que o estabelecimento pegou fogo na madrugada. “Seis pessoas morreram e muitas outras, intoxicadas (pela fumaça), foram hospitalizadas. Os bombeiros salvaram dezenas de moradores”, disseram os bombeiros no Twitter. Os seis mortos tinham entre 69 e 97 anos, segundo o jornal ‘Il Corriere della Sera’. O incêndio começou pouco antes da 01h20 local (20h20 de quinta, no horário de Brasília) em uma casa de repouso, com 167 idosos, em um bairro popular no centro da capital lombarda. O prefeito da cidade, Giuseppe Sala, foi ao local do incidente. “Acredita-se que o incêndio tenha começado em um quarto em que dois moradores morreram carbonizados”, disse ele. Os outros mortos, um homem e três mulheres, morreram por inalação de fumaça tóxica. “Entre a fumaça e os problemas para os idosos se locomoverem, tem sido um momento muito difícil”, disse o chefe dos bombeiros do Milão, Nicola Micele, à TV ‘Local Team’. Uma dúzia de ambulâncias, caminhões de bombeiros e um veículo funerário estavam estacionados perto do prédio. Quase 170 pessoas foram resgatadas pelos serviços de emergência, que as retiraram “nos braços, uma após a outra”, disse o prefeito de Milão à imprensa.
Um dos comandantes dos bombeiros, Carlo Cardinali, disse que 81 pessoas estão hospitalizadas, duas delas em estado grave. “Uma investigação foi aberta para determinar as causas do incêndio e a hipótese mais provável é a de um curto-circuito”, declarou Luca Cari, diretor nacional dos bombeiros. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, expressou “toda a sua solidariedade com as pessoas envolvidas no incêndio” e transmitiu as suas “sinceras condolências às famílias das vítimas” em uma mensagem no Twitter. O presidente da República da Itália, Sergio Mattarella, enviou uma mensagem ao prefeito de Milão para expressar “solidariedade aos feridos e às equipes de emergência”. Os serviços municipais procuram soluções para realocar as dezenas de pessoas transferidas para outras residências. O centro de três andares, construído em 1920, é uma estrutura comunitária administrada “durante anos por um empreiteiro privado”, disse o prefeito. A operadora privada Proges é uma cooperativa que emprega 3.500 pessoas em 300 estabelecimentos na Itália. Esta residência em Milão sofreu um forte impacto durante a primeira onda da pandemia de Covid-19 na primavera de 2020, com 53 mortes, segundo o jornal Il Corriere della Sera.
*Com informações da AFP
Capa/Foto: GABRIEL BOUYS / AFP