Cruzeiro do Sul, Acre 24 de novembro de 2024 22:47

Israel faz maior incursão na Cisjordânia em 20 anos e mata ao menos oito palestinos

Ao menos oito palestinos morreram e centenas ficaram feridos nesta segunda-feira, 3, durante ataques por terra e ar realizados pelo exército de Israel à Jenin, na Cisjordânia. Essa foi a maior operação militar desde a Segunda Intifada (2000 a 2005). O Ministério da Saúde palestino informou que há notificação de 50 feridos, dez deles em estado grave. Ao menos cinco eram milicianos, de acordo com fontes locais. Em outro incidente, “um homem foi morto por disparos da ocupação israelense na entrada norte de Al Bireh, perto de Ramallah, o que eleva os mortos para nove”, acrescentou. De acordo com um comunicado do exército, um “soldado ficou levemente ferido por estilhaços de granada do exército israelense” em Jenin. Na operação, que incluiu mais de dez baterias de ataques aéreos pela primeira vez desde a Segunda Intifada – participam mais de 1.000 soldados, incluindo integrantes de tropas de combate e também corpos de inteligência, parte dos quais, de maneira disfarçada. O exército de Israel diz ter prendido cerca de 20 palestino como parte de suas ações, concentradas no campo de refugiados de Y. A Autoridade Nacional Palestina (ANP) condenou a operação militar sobre Jenin, a classificando como “um crime de guerra” e uma “brutal agressão”. As autoridades cobraram que a comunidade internacional adote medidas contra Israel. O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, convocou para hoje uma reunião emergencial com lideranças palestina, enquanto o secretário-geral da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Hussein al-Sheikh, conversou com o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, para debater a “contínua agressão israelense contra o povo palestino”.