Destroços foram retirados da água nesta quarta-feira por robô submarino da empresa Pelagic Research Services
Especialistas encontraram “supostos restos humanos” em meio aos fragmentos recuperados do submersível turístico Titan, que implodiu com cinco pessoas a bordo no Atlântico Norte durante uma imersão até a carcaça do Titanic, anunciou em comunicado, nesta quarta-feira, 28, a guarda costeira dos Estados Unidos. Os fragmentos serão analisados, o que poderia fornecer “elementos cruciais para entender a causa da tragédia”, ressaltou o capitão Jason Neubauer, chefe da investigação da guarda costeira. O Titan, operado por uma empresa privada, submergiu no último dia 18, para uma observação dos restos do Titanic, e deveria ter retornado à superfície depois de sete horas, mas o contato foi perdido em menos de duas horas. Uma operação de resgate teve início para tentar salvar os ocupantes do submersível, mas as equipes constataram que a embarcação sofreu uma “implosão catastrófica”, que não deixou sobreviventes. Os restos do Titan foram trazidos para a terra nesta quarta-feira, em St. John’s, Canadá. Um navio da guarda costeira americana os levará até um porto nos Estados Unidos, onde eles serão analisados pelos investigadores.
A imprensa do Canadá exibiu pedaços do que parecia ser a proa e o casco do submersível. Um dos diretores da empresa Pelagic Research Services, que havia enviado seu robô submarino controlado remotamente (ROV) para explorar o fundo do Atlântico, confirmou que havia concluído suas operações. “Encerramos nossa parte no mar”, informou à AFP o porta-voz da empresa, Jeff Mahoney. “Foi uma operação extremamente arriscada, tanto para o ROV quanto para a equipe, que trabalhou 24 horas por dia praticamente sem dormir durante toda a operação”, continuou, confirmando que todas as equipes retornavam aos Estados Unidos. O capitão Jason Neubauer elogiou os esforços “para recuperar e preservar as provas cruciais a uma profundidade e distância extremas da costa”, segundo o comunicado da guarda costeira americana. Investigações foram abertas nos EUA e no Canadá para apurar as causas da implosão do submersível.
Com informações da AFP