Cruzeiro do Sul, Acre 25 de novembro de 2024 00:17

CEO morto em submersível do Titanic trocou aço por titânio para reduzir os custos de fabricação e operação do veículo

Ex-sócio de Stockton Rush, Guillermo Sohnlein, contou que eles queriam seguir o exemplo de Elon Musk na SpaceX e usar capital privado para construir submarinos de mergulho profundo

Stockton Rush, CEO da OceanGate que morreu na implosão do submersível do Titanic, trocou o aço pelo titânico na construção da embarcação para reduzir os custos de fabricação e operação do veículo, revelou o ex-sócio de Rush, Guillermo Sohnlein. Segundo ele, por volta de 2013, o CEO teria começado a falar publicamente sobre aposentar o submersível Cyclops I e substituí-lo por um protótipo mais barato. Em entrevista ao ‘The New York Times’, Sohnlein explicou qual era o objetivo dele em fazer essa alteração. “Nossa teoria era que, se pudéssemos seguir o exemplo de Elon Musk na SpaceX e usar capital privado para construir submarinos de mergulho profundo, poderíamos torná-los disponíveis para qualquer pessoa que precisasse deles, pesquisadores, cineastas, exploradores, a uma fração do custo”, contou. Ele classificou Rush como averso a riscos. Graham Hawkes, engenheiro e especialista em submarinos que conhecia o CEO da OceanGate, disse ao jornal americano, que lamenta não ter avisa Rush dos riscos do material. Segundo ele, a fibra de carbono era um material pouco confiável, pois em um dia pode descer até 3 mil metros e, no dia seguinte, implodir ao chegar em 2.700, porque a estrutura poderia sofrer danos impossíveis de serem detectados. Faz sete anos que a OceanGate começou a anunciar expedições até os destroços do Titanic com o Titan, submarino que acomodava até cinco passageiros. Ao todo, a embarcação tinha feito 14 descidas.