Cruzeiro do Sul, Acre 25 de novembro de 2024 19:50

PSG suspende Messi por duas semanas após viagem à Arábia Saudita

A viagem de Messi à Arábia Saudita renderá duas semanas de suspensão ao astro. Diversos veículos da imprensa europeia afirmam nesta terça-feira que a diretoria do PSG reagiu mal à ida do jogador ao país do Oriente Médio, que tem relação conturbada com o Catar. A suspensão teria efeito imediato e impediria que Messi participe de treinos e jogos, além de afetar o salário no período.

O episódio teria selado o fim do relacionamento de Messi com o PSG. A imprensa francesa agora garante que o clube não vai renovar o contrato com o argentino, que se encerra em junho deste ano. De acordo com o jornalista Fabrizio Romano, a equipe que cuida do argentino ainda espera um comunicado oficial do clube para se manifestar.

Segundo os veículos franceses, Messi viajou à Arábia Saudita na última segunda-feira sem ter recebido autorização. A suspensão teria sido uma decisão principalmente do presidente Nasser al-Khelaïfi. O L’Équipe indicou que o técnico Christophe Galtier chamou o elenco para uma conversa em meio à polêmica, que teria incomodado também outros atletas, assim como o diretor Luis Campos.

O PSG só daria dois dias seguidos de folga em caso de vitória pela 33ª rodada da liga nacional. Como o resultado foi uma derrota para o Lorient, treinos seguiram marcados para a manhã desta segunda-feira, e apenas a terça ficou como dia de folga. Porém, Messi já teria a visita à Arábia Saudita agendada previamente, causando o conflito.

Monarquia absolutista islâmica, a Arábia Saudita tem um regime de constantes violações aos direitos humanos, o que fez Messi ser criticado ao estabelecer um acordo comercial com o país. Além disso, o cargo chamou atenção por envolver um país que há pouco tempo não tinha relações diplomáticas com o Catar, dono do PSG.

Em junho de 2017, os sauditas, ao lado dos Emirados Árabes, Bahrein, Egito, Líbia, Maldivas e Iêmen acusaram o Catar de apoiar grupos terroristas, como a Irmandade Muçulmana. Incomodava também a estreita relação com o Irã xiita, principal inimigo dos sauditas, e a atuação da emissora “Al Jazeera”, poderosa rede de televisão do governo do Catar e, com folga, a mais influente na região. A crise teve fim com um acordo em janeiro de 2021.