Chefe do Executivo afirmou que as Forças Armadas não seriam capazes de conter a revolta de alguns grupos
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o país será palco de uma “rebelião” e que haverá um cenário de “caos” caso governadores e prefeitos decretem lockdown, ou seja, suspensão total das atividades sociais e econômicas. Além de criticar os chefes do Executivo nos estados e municípios, Bolsonaro voltou a dizer que não vai se vacinar contra a Covid-19.
As declarações ocorrem em um momento em que as infecções pela Ômicron, nova variante do coronavírus, avançam no Brasil e no mundo. Em cidades como Nova York, nos Estados Unidos, as empresas estão fechando as portas por conta da ausência de trabalhadores, que estão infectados pelo coronavírus. No Brasil, empresas aéreas cancelaram mais de 500 voos em razão do afastamento da tripulação infectada.
Para Bolsonaro, na hipótese de ser decretada a suspensão das atividades, as Forças Armadas não conseguiriam garantir a ordem. “O Brasil não resiste a um novo lockdown. Será o caos. Será uma rebelião, uma explosão de ações onde grupos vão defender o seu direito à sobrevivência. Não teremos Forças Armadas suficientes para a garantia da lei e da ordem”, afirmou o presidente.
Bolsonaro voltou a dizer que não se vacinou contra a doença e que não vai tomar o imunizante. As declarações foram concedidas em uma entrevista à TV Jovem Pan News que foi ao ar nesta terça-feira (11).
“Eu não tomei a vacina. É o meu direito”, afirmou. “Não vão forçar, porque eu não vou tomar. Nenhum homem aqui no Brasil ou uma mulher vai me obrigar a tomar a vacina”, disse o presidente. Ele voltou a dizer que, se fosse infectado, não teria complicações em razão de seu “passado atlético”.