Cruzeiro do Sul, Acre 25 de novembro de 2024 16:29

Putin admite situação ‘extremamente difícil’ em áreas anexadas na Ucrânia

Pela primeira vez desde que a guerra na Ucrânia começou, o presidente russo, Vladimir Putin, admitiu publicamente que suas tropas enfrentam dificuldades, principalmente nas regiões anexadas em setembro. Em uma declaração realizada nesta terça-feira, 20, o chefe de Estado afirmou que a situação é ‘extremamente difícil’. “A situação nas repúblicas populares de Donetsk e Luhansk e nas regiões de Kherson e Zaporizhia é extremamente difícil”, declarou Putin ao Serviço Federal de Segurança e se dirigindo em particular aos agentes de segurança que vivem nas novas regiões da Rússia. “As pessoas que moram nestas regiões, os cidadãos da Rússia, dependem de vocês, da sua proteção”, declarou, acrescentando a necessidade de ter “máxima compostura e concentração das forças” nas operações de contra-inteligência da Rússia. “É necessário suprimir rigorosamente as ações dos serviços de inteligência estrangeiros, identificar rapidamente os traidores, espiões e sabotadores”, acrescentou. Anexadas em setembro por Putin, as regiões estavam parcialmente ocupadas pelas tropas russas que não tinham controle total.

Em Kherson, por exemplo, um dia após o anúncio de anexação, o exército da Rússia deixou a região e, dois meses depois, o exército ucraniano retomou o controle total da capital da região, que leva o mesmo nome. Essa conquista foi o maior revés de Putin desde que o conflito começou. Após vários reveses na frente de batalha, Moscou mudou de estratégia e passou a concentrar os esforços em uma campanha de bombardeios aéreos contra instalações militares e do setor de energia da Ucrânia. Essas declarações vêm em um momento que as tropas da Rússia bombardeio diariamente a capital ucraniana, Kiev, e que a Ucrânia teme uma escalada do conflito nos primeiros meses de 2023, principalmente que na segunda-feira, Putin visitou o aliado de Belarus, o que aumentou ainda mais os rumores sobre um possível pedido de envolvimento direto do país vizinho na guerra. O Kremlin nega, e afirma que não foi com esse objetivo que o líder russo foi à Belarus.