Em uma cena inicial de “Top Gun: Maverick”, o personagem de Tom Cruise, o capitão Pete “Maverick” Mitchell, o ousado piloto de caça do “Top Gun” original de 1986, é reintroduzido ao público ao ser chamado à responsabilidade por um superior por desobedecer ordens. O fim está próximo, diz o contra-almirante Chester “Hammer” Cain (Ed Harris) ao piloto de caça renegado; homens como ele logo serão “extintos”.
“Talvez sim, senhor”, responde Maverick. “Mas não hoje.”
Enquanto a fala fazia referência a pilotos de caça humanos sendo superados por novas tecnologias, ela é perfeitamente paralela à própria vida de Cruise. Um dos últimos protagonistas de Hollywood, Cruise conseguiu sustentar uma longa carreira em uma indústria em constante mudança.
Agora, aos 59 anos, o ator bateu vários recordes. Com um faturamento doméstico de US$ 520,8 milhões (R$ 2,7 bilhões) e um faturamento internacional de US$ 486,1 milhões (R$2,52 bilhões), seu “Top Gun: Maverick” não apenas se tornou o filme de maior bilheteria do ano, atingindo US$ 1 bilhão (mais de R$ 5 bilhões) no domingo (26), mas também o filme de maior bilheteria de Cruise de todos os tempos, destronando “Missão: Impossível – Efeito Fallout”, de 2018. Um marco ainda maior: Cruise já arrecadou mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,19 bilhões) em ganhos com dezenas de filmes ao longo de sua carreira de quase quatro décadas, que começou essencialmente em 1983 com seu papel de destaque em “Negócio Arriscado”.