Um shopping na cidade de Kremenchuk, na Ucrânia, foi atingido por mísseis russos nesta segunda-feira (27). A explosão deixou ao menos 18 mortes e cerca de 60 feridos. 36 pessoas ainda estão desaparecidas, segundo a agência de notícias Reuters.
Em pronunciamento no Vaticano, no dia de São Pedro, nesta quarta-feira (29), o papa Francisco disse que o bombardeio pelos russos é o mais recente de uma série de “ataques bárbaros” contra a Ucrânia.
“Todos os dias carrego em meu coração a querida e martirizada Ucrânia, que continua sendo flagelada por ataques bárbaros como o que atingiu o shopping de Kremenchuk.”
“Rezo para que esta guerra louca termine logo e renovo meu apelo, sem me cansar, de rezar pela paz. Que o Senhor abra os caminhos ao diálogo que os homens não querem ou não podem encontrar. Que eles não deixem de ajudar a população ucraniana, que tanto sofre”, completou.
Um sobrevivente do ataque relatou como foram os minutos após a explosão e os primeiros socorros:
“Vi muitas pessoas feridas, pessoas queimadas, algumas cobertas de sangue. Uma menina caiu e nós a ajudamos a puxá-la. Ela continuou caindo e perdendo a consciência, mas tentamos ajudá-la”, disse Mykola Mykhailets, um dos sobreviventes.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de atingir civis deliberadamente no ataque na cidade de Kremenchuk. Ele classificou a ofensiva como “um dos ataques terroristas mais desafiadores da história europeia”.
A Rússia disse que o incidente foi causado por um ataque a um alvo militar legítimo e alegou que o shopping estava em desuso e vazio no momento do ataque — o que contraria relatos de sobreviventes como Ludmyla Mykhailets, que estava fazendo compras no local com o marido
“Eu voei de cabeça e estilhaços atingiram meu corpo. O lugar inteiro estava desmoronando”, disse ela em um hospital público próximo, onde estava sendo tratada.