A vendedora Geovana da Silva Ferreira, de 21 anos, denunciou que foi agredida a socos pelo policial militar de Rondônia e cirurgião dentista Cleisson Sampaio de Farias, de 38 anos. O caso ocorreu na madrugada de quinta-feira (16) na cervejaria Seringal Bier, em Rio Branco, e foi registrado pela vítima na Delegacia de Flagrantes da capital.
A ação foi registrada por câmeras de segurança do local. Como estava escuro e a jovem estava muito próximo à porta do estabelecimento, as imagens não estão tão nítidas, mas é possível ver o momento em que o homem levanta o braço e se movimenta como se fosse dar um murro. Em seguida, outras pessoas o seguram e o retiram do local.
Farias negou as acusações. “Tudo ficará provado nos autos, em nenhum momento fui citado pela Polícia Civil, nem pelo judiciário. Então, estou aguardando tudo isso acontecer. Minha defesa, em tese, já está elaborada, todavia, eu nego as acusações dela.”
A jovem relata que estava com um primo perto da porta aguardando três amigas descerem do local para irem embora, quando primeiro passou uma moça, que depois ela descobriu ser filha de Farias, e logo atrás vinha ele e uma outra mulher. Segundo ela, quando o policial passou por ela, a empurrou e falou que saísse da frente.
“Na hora que ele veio, passou me empurrando e falando pra eu sair da frente, já veio meio alterado, começou a discutir verbalmente comigo, ele e a tal filha dele começaram a me xingar e me empurrar. Aí, na hora que ela veio, joguei uma bebida que eu tinha em cima dela e foi nessa hora que ele veio pra cima de mim e me bateu. Foram socos no meu rosto”, contou.
Após a repercussão do caso, a Seringal Bier publicou uma nota em que repudia todo tipo de violência e afirma que todas as medidas foram tomadas no dia, com a retirada do homem das dependências do estabelecimento pelos seguranças e o acionamento da polícia. A empresa informou ainda que disponibilizou as gravações das câmeras de segurança.
“A Seringal Bier é um ambiente seguro, de diversão, respeito mútuo e de convivência harmônica. Nos colocamos à disposição para qualquer tipo de esclarecimento.”
No mesmo dia, Geovana registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Flagrantes de Rio Branco e na sexta-feira (17) fez o exame de corpo delito no Instituto Médico Legal. Ela afirma que não o conhecia até então e que não entende, até agora, o que pode ter motivado as agressões.
“Quem ajudou a tirar ele de cima de mim foi um cara, que eu nem conhecia, e meu primo. Foi tudo muito rápido. Fiquei muito mal e ainda tem muita gente me atacando, mandando mensagem, monte de gente defendendo ele, porque ele está negando, dizendo que não me agrediu. Vou abrir um processo contra ele, não pode ficar impune. Fiquei sem entender, não conhecia ele”, afirmou.