Durante esta semana, cerca de 80 pessoas estão recebendo instruções, por meio de palestras, ministradas por agrônomos para alunos da Universidade Federal do Acre (Ufac) e produtores rurais das cidades de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima, no interior do Acre, com o objetivo de encontrar medidas de combate a monilíase, praga que atinge plantações de cacau e cupuaçu .
Há quase um ano, foi identificada a praga pela primeira vez no Brasil no município de Cruzeiro do Sul. Depois disso, equipes do Mapa e do Idaf-AC iniciaram o trabalho de fiscalização e orientação a produtores desses frutos. Em agosto do ano passado, o Mapa declarou o estado do Acre como “área sob quarentena”.
Quase um ano depois, o instituo segue com ações para tentar solucionar o problema. Com focos dos fungos encontrados nas áreas urbanas destas duas cidades, o Idaf quer isolar a propagação da doença para que ele não chegue à zona rural e nem em outros estados do Brasil. A monilíase pode causar o apodrecimento dos frutos e dizimar até 80% de uma plantação.
“O fungo se alimenta do fruto, então enquanto estiver fruto aqui, o mofo branco vai estar causando doença nesses frutos. A população precisa aceitar a nossa ação e sentir que ela faz parte da ação”, disse Maísa Bravim, engenheira agrônoma do Idaf.
A chegada da monilíase ao Acre já preocupa a produção de cacau e cupuaçu de outros estados, como a Bahia, Pará, Espírito Santo e Rondônia, onde existem grandes produções dos frutos. As equipes do Idaf têm trabalhado para eliminar o fungo que também ameaça a exportação de produtos regionais do Acre, inclusive a farinha.
”Desde então vem se fazendo esse trabalho de campo que é a erradicação, corte das árvores do cupuaçu, do cacau”, pontuou o presidente do Idaf, José Francisco Thum.