A Geração Z é formada por pessoas nascidas entre os anos de 1995 até 2010, e vem quebrando os padrões pré-estabelecidos por gerações anteriores.
O aspecto mais marcante dessa geração é sua íntima relação com a tecnologia e, consequentemente, com o meio digital da internet. São pessoas que crescem acompanhando de perto as inovações tecnológicas e que gostam de consumir essas inovações.
Levando em consideração esse ato de consumir, tão marcante entre os jovens, é necessário se questionar a respeito das atitudes deles diante da economia.
Uma geração tão ligada à internet, que gosta de tecnologia e que vive apressada, é mais consumista ou econômica que as outras gerações? Nossa equipe conversou com estudantes do ensino fundamental e médio das escolas de Cruzeiro do Sul, para saber o que eles costumam fazer com o dinheiro que ganham e de que forma gastam ou investem.
Embora essa geração tenha contato e gosto pela tecnologia, alguns ainda preferem realizar a maioria das compras em lojas físicas.
“Normalmente compro mais em loja física. Acho melhor a gente saber a qualidade no momento, do que só ver depois de ter comprado e gastado o dinheiro”, declara Ana Clara Sampaio, estudante.
No Brasil, essa geração compõe 20% da população do país e são considerados exigentes e criteriosos na hora de fazer suas compras. Grazyele tem 14 anos e diz não gostar de fazer compras, preferindo deixar essa missão para a mãe.
“O que a minha mãe compra pra mim já é suficiente. O dinheiro que ganho, prefiro guardar pra usar”, explicou a estudante.
Mas, para quem acha que essa geração é a favor apenas do consumo responsável, que se preocupa em economizar e comprar produtos de qualidade, se engana. Mesmo sendo tão jovens, além de economizar eles investem hoje para ter um retorno a curto prazo.
“Eu guardo o meu dinheiro pra investir em conhecimento, porque é o básico; ganhar, economizar, investir. Economizar não é só você não gastar 1 centavo, é você gastar com coisas necessárias. E investir, a gente não está se referindo só a Bolsa de Valores, é você investir também na sua educação, no seu conhecimento, coisas que um dia vão te dar um retorno. Então, você gasta com uma coisa que um dia vai te dar dinheiro”, pontuou Ana Luísa, estudante.
“Acho crucial hoje o jovem estar se esforçando cada vez mais a adquirir esse tipo de conhecimento, tanto no mundo no qual vivemos, como para um desenvolvimento pessoal. Hoje em dia, quem não tem um conhecimento econômico, como também geral das coisas, não consegue realizar quase nenhum objetivo no mundo atual”, declarou Davi Barreiro, estudante.
O Presidente da Associação Comercial de Cruzeiro do Sul, Luiz Cunha, acredita que os jovens dessa geração costumam fazer pesquisas de mercado, levantando assim, alguns critérios.
“O jovem tem uma característica bem própria, especialmente aqueles mais novos, eles têm hábitos de consumos bem característicos, no sentido de que planejam bem, procuram preços, estão atentos a isso, e com a facilidade do acesso na internet, ele busca, compara. Então, quando ele vai à loja, já tem uma noção do produto (…) do preço que pode pagar, é um público bastante consciente nesse sentido”, explica Luiz Cunha, Pres. Associação Comercial de Cruzeiro do Sul.
Os jovens Ana e Davi, que cuidam do seu orçamento e analisam os produtos com cuidado antes de fazer uma compra, deixam uma dica para quem quer adquirir o hábito de economizar.
“Eu sempre procurei associar as coisas que eu vivia no meu dia-a-dia. Uma delas foi um trecho bíblico que dizia a seguinte palavra; resiliencia. Essa foi uma palavra que fui atrás do significado, e resume bastante essa questão do autocontrole, do foco, organização, planejamento”, declarou Davi Barreiro, estudante.
“Acredito que o essencial seja você separar a sua prioridade. O que é importante pra você agora (…). O que você está fazendo, vai te levar para onde você quer chegar? Pontua Ana Luísa,