Cruzeiro do Sul, Acre 29 de novembro de 2024 04:27

Lula quer eliminar direitos dos trabalhadores, diz Temer

O ex-presidente Michel Temer (MDB) participou, nesta sexta-feira (3), da I Conferência Internacional da Liberdade, em São Paulo, que reúne lideranças e discute ideias liberais. O painel contou também com o ex-presidente argentino Mauricio Macri.

Ao comentar o cenário da política brasileira, Temer criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato ao Planalto e crítico das reformas aprovadas durante a gestão Temer (2016-2018). “Eu acho que ele [Lula] quer é eliminar os direitos dos trabalhadores. O direito do trabalhador está no artigo 7 da Constituição”, disse.

Temer também aproveitou o tema para repreender visão polarizada entre direita e esquerda no país. “Aqui no Brasil é muito comum seguirmos na tese eleitoreira da direita, esquerda. Inclusive a imprensa insiste nessa tese dizendo “fulano é de direita”, ou “fulano é de esquerda”, é tudo equivocado! O que importa é o resultado, e as reformas trabalhista e da previdência deram resultado”, disse.

Em vigor desde 2017, a reforma trabalhista (Lei 13.467, de 2017) mudou regras a respeito da remuneração, plano de carreira e jornada de trabalho, entre outras. Passaram a valer, entre outras alterações criticadas pelo ex-presidente Lula, os acordos coletivos que prevalecem sobre a legislação.

De acordo com Lula, a reforma trabalhista tentou achar “uma solução com o trabalho intermitente, fazendo com que o trabalhador não tenha direito”. Em abril deste ano, o pré-candidato manifestou a intenção, caso eleito, de “adaptar uma nova legislação trabalhista a uma legislação atual”.

Procurada pela CNN, a assessoria de Lula afirmou que a fala de Temer “não procede”.

“O ex-presidente Lula tem discutido uma revisão da reforma para criar melhores condições de trabalho e mais empregos. A fala de Temer sobre Lula não procede e não cabe comentários”, disse a assessoria do pré-candidato.

O ex-presidente argentino Mauricio Macri, que também participou da abertura do evento, criticou o ascensão das lideranças de esquerda no continente e afirmou que a “ameaça do populismo precisa de uma resposta global”.