Cruzeiro do Sul, Acre 24 de novembro de 2024 12:20

Atleta acreano fica em 2º lugar no primeiro Campeonato Nacional de Bocha Paralímpica

O atleta paralímpico Ricardo Campos foi medalhista de prata no 1º Campeonato Nacional de Bocha Paralímpica realizado nos dias 24 a 28 de maio, em Curitiba. Participaram do evento mais de 40 atletas, de 15 estados brasileiros, com idades entre 13 e 20 anos.

Ricardo Campos é natural de Assis Brasil. Representou o Acre  na competição, na classe BC3. O evento teve como objetivo selecionar os três melhores atletas de cada classe para poderem participar da Copa do Brasil, que será realizada em julho, em São Paulo, onde os técnicos da seleção irão avaliar todos os atletas para uma possível convocação.

Ricardo é apoiado pelo Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE), que já acompanha o jovem atleta desde o ano de 2019.

Foto: cedida.

O chefe do Departamento de Esportes da SEE, Junior Santiago, destaca que o governo do Estado sempre vem auxiliando nos treinamentos, nas passagens aéreas, para que esses atletas possam não somente representar o  Acre, mas também estarem inseridos dentro do programa de políticas públicas voltadas ao esporte.

“Mantendo as participações nacionais, eles [os atletas] conseguem manter suas bolsas e aqui efetivar, continuar seus treinamentos para posteriores etapas nacionais, com essa cobertura de treinadores e com o nosso suporte”, enfatiza.

Pai e treinador de Ricardo, Clodoaldo Campos, falou da importância da vitória para ambos e destaca que, além das medalhas e títulos, o esporte trouxe ao filho uma vida melhor e mais saudável, permitindo inclusive a execução de movimentos que ele não conseguia anteriormente.

Foto: cedida.

“Para a gente é um sonho realizado, uma conquista, uma honra muito grande ele ter participado e muita felicidade, por ele ter conseguido chegar ao segundo lugar, mesmo que tenhamos batalhado muito por isso”, afirma o pai emocionado.

 Bocha Paralímpica

Considerado um jogo de estratégia, a bocha é uma modalidade que abre portas para pessoas com grau severo de comprometimento motor e/ou múltiplo e está presente em mais de 50 países, sendo praticado no Brasil desde 1970. Pode ser jogada individualmente, em duplas ou em equipes, e é mista – homens e mulheres competem juntos e igualmente. Além de atletas com paralisia cerebral, também podem participar pessoas com outras deficiências, desde que tenham o grau de deficiência exigido e comprovado.

Os atletas usam cadeiras de rodas e têm o objetivo de lançar 12 bolas coloridas (azul e vermelha) o mais perto possível de uma bola branca, chamada de “bolim”, no Brasil, e de “jack” em outros países. É permitido usar as mãos, os pés, instrumentos de auxílio e até ajudantes no caso dos atletas com maior comprometimento. O esporte exige habilidade e eficiência, além, é claro, das técnicas e táticas adequadas dos atletas para vencer a disputa. A competição é dividida por categorias: BC1, BC2, BC3 e BC4.