Cruzeiro do Sul, Acre 25 de novembro de 2024 11:36

Santa Cruz emite alerta com primeiro caso suspeito da varíola dos macacos na Bolívia

O Serviço Departamental de Saúde (Sedes) de Santa Cruz de La Sierra (Bolívia), cidade distante mais de 600 km da fronteira com Corumbá, confirmou o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos. O paciente é um homem de 26 anos.

Conforme o Sedes, ele teve contato direto com duas pessoas que chegaram da Espanha e apresenta todos os sintomas característicos da doença: febre, dores musculares e erupções cutâneas (lesões na pele).

O secretário de Saúde do Governo, Fernando Pacheco, chegou nesta quinta-feira (26) ao centro de saúde Elvira Wunderlich, para visitar o doente e supervisionar os protocolos sanitários neste caso.

Após deixar o centro de saúde, Pacheco esclareceu à imprensa que o paciente está estável e isolado. “As amostras foram colhidas para enviar ao laboratório e concluir o diagnóstico. Algumas amostras serão enviadas para o Cenetrop (Centro Nacional de Doenças Tropicais) e outra para a Argentina. Nos próximos dias será feito o diagnóstico “, informou o secretário de Saúde.

Por enquanto, a Sede mantém os protocolos estabelecidos pelas autoridades de saúde e acompanha a evolução do paciente suspeito.

O paciente deu entrada no centro de saúde, na tarde desta quarta-feira, 25 de maio. O paciente disse que teve contato com duas pessoas que chegaram da Europa há 10 dias. “Durante esse período, de cinco a sete dias, ele apresentou sintomas semelhantes aos identificados pela varíola dos macacos”, disse Pacheco.

Os sintomas característicos desta doença são febre, dores musculares, e, posteriormente, lacerações ou lesões na pele. “Neste caso, o doente apresentava alguns destes sintomas e por isso foi ativado o alerta epidemiológico”, disse a autoridade departamental, lembrando que a forma de contágio da doença é por contato direto.

Vigilância epidemiológica

O ministro da Saúde, Jeyson Auza, declarou, na quarta-feira, alerta epidemiológico e instruiu vigilância epidemiológica ativa, se antecipando à eventual chegada da varíola ao país.

“Não podemos permitir que se gere ansiedade e medo diante da possibilidade de um caso suspeito”, disse. Ele explicou ainda que o alerta epidemiológico tem a ver com estar atento à ocorrência de um caso.

A autoridade afirmou que a varíola dos macacos não apresenta complicações e que é uma doença autolimitada.

Com informações do jornal El Deber.