Cruzeiro do Sul, Acre 28 de novembro de 2024 05:41

‘Tiraram de mim o meu maior amor’, diz mãe de menino assassinado pelo próprio pai em SP

Era quase Dia das Mães quando o filho de Ana Nijou, Johan Nijou Pelepenko, de 10 anos, foi assassinado pelo próprio pai, em um hotel da zona norte de São Paulo. “Tiraram de mim o meu maior amor, tiraram parte do meu coração. Um anjo você já era, agora virou uma estrelinha”, escreveu a mãe do garoto em uma publicação nas redes sociais.

Após assassinar o filho devido a um desentendimento motivado pela guarda da criança, o ex-companheiro de Ana, Jhoathan João Pelepenko, tirou a própria vida.

A publicação feita pela mãe do menino gerou comoção entre amigos, familiares e conhecidos, que lamentaram o caso.

“Estou despedaçada com a sua perda, que Deus te dê forças.” “Que a paz alcance vocês de algum modo.” “Como mãe também estou com o coração dilacerado com essa notícia.” “Não tem palavras que expressem a nossa tristeza e a vontade de fazer qualquer coisa para amenizar a sua dor”, relataram alguns internautas.

O ex-casal brigava na Justiça pela guarda da criança, que foi vencida por Ana. Até então, os dois dividiam a guarda do filho. Antes de cometer suicídio, o homem deixou uma carta confirmando o motivo do crime. “O sonho de seu pai morre com a mãe”, escreveu Jhoathan.

Na publicação feita na segunda-feira (9), a mãe de Johan fez um carrossel de fotos. A primeira era uma em preto e branco e informava o luto, as demais eram fotografias do menino sorrindo. “Te amarei eternamente, meu amor, meu bebê, meu Johan”, finalizou.

Redes sociais do pai de Johan

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Nas redes sociais do pai do menino, Jhoathan João Pelepenko, é possível notar que boa parte das publicações eram vídeos e fotos com o filho.

Público se revolta e comentam nas publicações de Jhoathan

Público se revolta e comentam nas publicações de Jhoathan

REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS – 10.05.2022

Em determinado post, Ana, a ex-companheira dele, marcou algumas pessoas para que elas a ajudassem a contatar os familiares de Jhoatan, informando que o homem estava morto e que era necessário resolver questões do enterro. “Preciso do contato da família, ele está morto em São Paulo”, disse. Logo depois, ela afirma ter conseguido.

O caso

No sábado (7), Jhoathan, que morava há cerca de um ano em Santa Catarina, retornou a São Paulo dizendo que queria ver o filho e, após conversa com a ex-mulher, combinou que passaria com a criança o dia anterior ao Dia das Mães.

Feito o acordo, a mãe de Johan arrumou a mochila com os pertences do filho, para que ele pudesse estar um tempo com o pai, e o levou até o local combinado.

Horas depois de encontrar o filho, Jhoathan ligou para a ex-companheira e ameaçou matar a criança caso ela não voltasse com a guarda compartilhada.

Preocupada com as ameaças, a mulher entrou em contato com a recepção do hotel onde o ex-marido estava hospedado com Johan e pediu ao recepcionista que checasse o quarto dos familiares. Ignorada pelo funcionário, a mãe da criança acionou a Polícia Militar para averiguar as condições do filho.

A polícia foi acionada para atender a um caso que envolvia disparo de arma de fogo na rua Santa Teresa de Jesus. No local, de acordo com a corporação, as equipes localizaram a mãe de Johan, que informou que recebia ameaças do pai da criança via telefone.

Os policiais pediram ao recepcionista do hotel que entrasse em contato com o quarto dos hóspedes. Sem sucesso, os agentes se deslocaram até o dormitório e arrombaram a porta.

No aposento, os agentes encontraram as vítimas atingidas pelos disparos. Segundo a PM, o homem atirou contra o próprio filho e, em seguida, contra si. A morte da criança e do atirador foi constatada ainda no local.

Equipes da 3ª Companhia do 5º Batalhão de Polícia Militar atenderam à ocorrência. O caso foi registrado no 8° DP (Brás).

* Estagiária, sob supervisão de Fabíola Perez