O Fluminense divulgou na noite desta quinta-feira um vídeo em que Abel Braga se despede do clube e explica sua saída.
O treinador pediu demissão na manhã desta quinta, após conversa com a diretoria tricolor. Ainda na noite de quarta, Abel procurou o diretor-executivo Paulo Angioni e manifestou seu desejo. Nesta manhã, ele se despediu do elenco.
– Eu sentia essa angústia do torcedor, e essa angústia vinha para mim. A coisa foi ficando pesada para se carregar. E veio em mim uma certa infelicidade. Eu sempre disse que eu só trabalho onde sou feliz. Quero agradecer a todos.
Nas últimas partidas da equipe em casa, a torcida pegou no pé de Abel, com vaias e xingamentos. Na conversa com a diretoria, o treinador reconheceu a queda de produção da equipe depois do título carioca conquistado diante do Flamengo.
– Essa dor que eu estava sentindo estava mexendo com meu emocional, minha vida mental. Isso me deu preocupação, mas acima de tudo me deu tristeza, infelicidade. E eu não posso ajudar o Fluminense estando infeliz. Eu levo mais uma vez, com muito mais força, esse clube no meu coração, essa camisa, essa marca de jogos que me enche de orgulho. E digo a todos vocês: continuem sendo tricolores, continuem sendo aquela torcida diferente que vocês são.
O treinador revelou que pretende viajar com o grupo tricolor para Curitiba, onde o time enfrentará o Coritiba, no próximo domingo, pelo Brasileirão.
– É com pesar por ter consciência plena daquilo que o Fluminense representa para mim, aquilo que o Fluminense fez por mim e ter a exata dimensão daquilo que o torcedor hoje está passando. Mas saio com o coração aberto a todos aqueles abraços que recebi, as palavras, o carinho, porque isso não tem preço para um ser humano. Provavelmente estarei em Curitiba, já falei que quero essa vitória, gostaria muito que eles ganhassem esse jogo.
Abel Braga reafirmou que sua quarta passagem pelo Fluminense foi seu último trabalho como treinador no futebol brasileiro. A partir de agora, ele deseja ocupar funções diferentes ou comandar equipes fora do país.
– Como treinador não me verão mais aqui no Brasil. Eu já tive convite para outras funções, vamos ver o que vai acontecer. Sempre surgiu a possibilidade lá fora, aí são outros 500, porque também não tem essa quantidade de jogos.
