Cruzeiro do Sul, Acre 27 de novembro de 2024 21:32

Bolsonaro e aliados relatam salto no número de seguidores após Elon Musk comprar Twitter

Políticos e influenciadores alinhados ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) relataram um salto no número de seguidores no Twitter após a plataforma ser comprada pelo bilionário Elon Musk. O crescimento, segundo o grupo mais próximo ao chefe do Executivo, é atribuído ao “fim da censura” na rede.

O presidente ganhou 65 mil novos seguidores em 24 horas, segundo a ferramenta de monitoramento Social Blade. A média anterior era de 4.500 novos seguidores a cada dia. Um crescimento de 1,447%. Atualmente, Bolsonaro conta com 7,7 milhões de seguidores na plataforma.

O mesmo movimento foi observado nos perfis dos filhos do chefe do Executivo. Carlos Bolsonaro (Republicanos) e Flávio Bolsonaro (PL) conquistaram, respectivamente, 17 mil e 15 mil seguidores em 24 horas. Eles costumavam ganhar mil seguidores no mesmo período. O crescimento é de, em média, 300%.

Já Eduardo Bolsonaro (PL) mostrou que ganhou 64 mil seguidores em dois dias. Segundo o deputado, o número é 27 vezes maior do que a média.

O ex-secretário da Cultura Mário Frias disse que ganhou dez vezes mais seguidores na segunda-feira (25). Em seu perfil na rede social, Frias mostrou que o número de seguidores saltou de 258.763 para 261.743 em 24 horas. “Chega a ser inacreditável a quantidade de seguidores que diversos perfis ganharam de ontem para hoje. Imaginem isso projetado em anos de censura. Nosso prejuízo é incalculável”, escreveu.

O mesmo foi relatado pelo ex-ministro do Turismo Gilson Machado. “Parabéns a todos do Twitter. Apesar de não ter postado nada hoje, foi o dia que mais ganhei seguidores. Será que estávamos sendo sabotados?”

Apesar de o Twitter ainda não ter se pronunciado oficialmente sobre a movimentação nos perfis dos aliados do presidente, o ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Alexandre Ramagem levantou a hipótese de o algoritimo favorecer determinados grupos ou pensamentos.

“Após anúncio da compra do Twitter, diversos perfis de direita tiveram aumento elevado de seguidores. Se há algoritmo bloqueador de perfis, está configurada censura à livre informação e expressão, vedada no texto constitucional”, comentou. “Se a ferramenta direciona parcialmente a determinado grupo ou pensamento, ainda pior, trata-se de estratégia clandestina de dominação ideológica totalitária, menosprezando e violando direitos individuais e coletivos.”