Dois assaltantes renderam um professor e alunos e fizeram um arrastão dentro de uma autoescola de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que os dois chegam em uma moto e batem na porta. Apesar de as câmeras não mostrarem, os dois rendem o professor e depois todos os alunos e roubaram os celulares.
O gerente da autoescola, Adegilson Vidal, contou que não estava no local no momento do assalto, mas foi surpreendido pela notícia, já que há três meses o local foi alvo de bandidos, que furtaram objetos que não conseguiram recuperar ainda.
“Chegaram umas 8h da noite e abordaram todo mundo que estava na sala de aula. Ocorreu do professor ter que abrir a porta, conseguiram entrar, renderam todo mundo, e levaram o celular de quase todos, foram 11 celulares levados”, conta.
Além dos aparelhos, os criminosos também levaram objetos pessoais das vítimas. “Uma vez arrombaram, levaram tudo e a gente fica com medo de sempre estar trabalhando inseguro. Toda vez a gente vai mudando alguma coisa. Eles estavam armados todos, os dois, um ficou com arma em punho e o outro ficou pegando as coisas, mas ninguém foi ferido”, diz.
O delegado da cidade Lindomar Ventura disse que, além desse assalto na autoescola, houve outras ocorrência na cidade, como furto de fios no centro cultural. Ele disse que todos estão sendo investigados.
“Temos uma realidade de grande massa de usuários, pessoas em situação de rua que entram no mundo do crime, de furtos, é uma realidade que temos que atuar em várias frentes. É uma questão socioeconômica, a polícia tem feito sua parte, tem atuado com as prisões, toda semana temos encaminhado pessoas para a penitenciária, mas quando voltam para as ruas voltam a praticar esses crimes.”
Sobre o roubo de fios, o delegado destacou que tem se tornado cada vez mais comum porque os usuários de droga acabam vendendo o cobre retirado deles.
“São fios, cabos, material utilizado na montagem de aparelhos de ar-condicionado e que são mercadoria muito focada pelo seu valor. É cobre e tem saída muito grande com valor agregado considerável. Grande parte desses furtos têm sido feitos por usuários de entorpecentes, que têm sido usados por outras pessoas para fazerem esses furtos, então há recepção do material, estamos descobrindo receptadores, mas existe uma rede de compra, é um sistema complexo que a gente está tentando desvendar e apurar”, destacou.
Colaborou Bruno Vinicius, da Rede Amazônica Acre.
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