Após um mês, os responsáveis pela morte de Yara Paulino ainda não foram presos e a filha recém-nascida dela, Cristina Maria, segue sumida. A polícia, contudo, acredita que a bebê pode não ter sido sequestrada e, além disto, estar viva e ainda no Acre.
O delegado Alcino Souza, responsável pelas investigações, disse ao g1 que nenhuma linha de investigação é descartada nos dois casos e que a polícia dará uma resposta à sociedade nos próximos dias.
“Tenho esperança de encontrar essa criança viva, mas não posso dar certeza sobre isso. Acredito que esteja no estado porque pode não ter sido um sequestro, um rapto. Precisamos de mais tempo para trazer mais informações”, limitou-se.
Sobre crime praticado contra Yara, ninguém foi preso até esta quinta-feira (24). “Colhemos depoimentos, ouvimos testemunhas, as investigações estão bastante avançadas e em breve teremos um desfecho. Pelo o que ouvimos, ela não maltratava os filhos, não há confirmação disso”, afirmou.
Crime chocou moradores da capital
Há um mês a população da capital Rio Branco se chocava com um caso bárbaro: uma mulher foi espancada até a morte em via pública após boatos de que teria matado a própria filha, uma bebê de 3 meses. Yara Paulino era usuária de drogas e morava com três filhos no Conjunto Habitacional Cidade do Povo.
Cerca de 15 dias antes de ser assassinada por membros de uma facção criminosa, Yara chegou a avisar para alguns vizinhos que Cristina Maria, a filha caçula, tinha sumido e acusou o ex-marido e pai da menina, Ismael Bezerra Freire, de a ter levado sem sua permissão.
A foto da bebê, inclusive, foi colocada em um grupo de mensagens do conjunto habitacional com pedidos de informações. Contudo, nem o pai e nem a mãe reportaram à polícia o desaparecimento. A menina ainda não tinha sido registrada por conta de problemas na documentação da mãe.
No dia 24 de março, moradores acharam uma ossada dentro de um saco de ração e começaram a espalhar no bairro que os restos mortais seriam da criança e que a mãe, Yara Paulino, a teria matado.
Membros de uma facção criminosa invadiram a casa de Yara e começaram a agredir a mulher. Ela ainda tentou fugir, mas foi alcançada e assassinada.
No dia 26 de março, a polícia inseriu os dados da pequena Cristina Maria na plataforma Amber Alert, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. No anúncio, a polícia descreve a menina como branca, de olhos castanhos, cabelos lisos e castanhos.
Buscas
A família paterna de Cristina Maria segue espalhando cartazes com a foto e informações da menina na esperança de descobrir algum vestígio do paradeiro dela.
Os cartazes são fixados em pontos de maior movimentação de Rio Branco, como a Rodoviária Internacional, o Terminal Urbano, paradas de ônibus e estabelecimentos que ficam no trajeto para o conjunto habitacional onde a bebê morava.
O pai da bebê, Ismael Freire, segue internado em uma clínica de reabilitação.
Quem tiver qualquer informação relevante sobre o paradeiro de Cristina Maria, entre em contato no WhatsApp (68) 99912-2964 ou 181, garantindo o sigilo absoluto.