Cruzeiro do Sul, Acre 23 de novembro de 2024 16:46

Vereador do AC investigado por compra de votos diz que PF não tinha mandado para apreender dinheiro

Defesa do vereador reeleito Célio Gadelha (MDB) afirmou também que está contribuindo com as investigações. Polícia Federal deflagrou a Operação Intruder Brother nesta sexta-feira (4). A defesa do vereador reeleito Célio Gadelha (MDB) se posicionou, nesta sexta-feira (4), por meio de nota sobre a Operação Intruder Brother da Polícia Federal que investiga possível crime de corrupção eleitoral (compra de votos). Segundo a defesa, a polícia apreendeu cerca de R$ 2 mil na casa do vereador, mas que não havia autorização judicial para apreender o valor. “Ao mesmo tempo, repudia que a Polícia Federal encaminhe foto do valor de aproximadamente R$ 2 mil apreendido em sua casa, e que sequer tinha autorização judicial para apreender, por não ter relação ao objeto do que se encontra investigado, para causar uma espetacularização do processo”. Ainda na nota, a defesa informou que contribuiu com as investigações e que não há nada que manche sua integridade. Destacou também que a verdade vai ser estabelecida. A PF informou que não vai se posicionar. Investigação O crime teria sido praticado na véspera do 1º turno das eleições municipais de 2020. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Rio Branco, sendo um deles na casa do candidato pelo MDB, Célio Gadelha, reeleito com 1.293 votos. Também foram feitas oitivas de testemunhas dos investigados. A PF investiga ao menos 15 funcionários de uma empresa de grande porte que teriam recebido dinheiro e ‘santinhos’ em troca de votos para o vereador Célio Gadelha. À equipe da CBN Rio Branco, o presidente do MBD, deputado Roberto Duarte (MDB), disse que não poderia se posicionar sobre o caso, pois ficou sabendo da notícia pela imprensa, mas que vai aguardar o andamento das investigações e que deve se posicionar novamente ainda nesta sexta. O G1 ainda tenta contato com o advogado do vereador, bem como o advogado do partido. Investigações As investigações da PF apontam que o irmão de um candidato ao cargo de vereador e um cabo eleitoral teriam entrado em uma empresa de grande porte da cidade para reunir vários funcionários e distribuir santinhos e uma grande quantidade de dinheiro em troca de votos. O valor que teria sido distribuído não foi informado. Além de quem distribuiu e comprou os votos, os funcionários que receberam dinheiro também são investigados, já que é crime solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra vantagem para obter ou dar voto, de acordo com a PF. As penas podem chegar a quatro anos de reclusão. Nome da Operação O nome da operação faz referência ao modus operandi da prática criminosa, no qual o irmão do candidato invadiu uma empresa de grande porte, reuniu-se com seus funcionários, pediu voto e distribuiu santinhos e dinheiro. Fonte: G1 Acre