Cruzeiro do Sul, Acre 27 de novembro de 2024 15:33

Após igarapé transbordar, família passa dois dias tentando chegar ao cemitério para enterrar parente

O igarapé Bate Estacas transbordou na quarta-feira (20) e causou transtornos para os moradores que precisam passar pela Estrada de Santo Antônio, em Porto Velho. A professora Magnólia Santana passou dois dias tentando sepultar um familiar que faleceu.

“Eles [a funerária] não estavam querendo colocar o carro deles aqui, por causa da estrada. Eles deram a sugestão de trocar de carro, mas a gente teve que pagar a mais”, contou a Rede Amazônica.

Na quarta (19), depois de ir até o local e ter que voltar por conta da estrada, a família de Magnólia tentou novamente a travessia com o novo carro na quinta-feira (21).

“Inclusive estamos esperando para atravessar a família de pouco, porque a gente também ficou com medo de colocar o nosso carro”, apontou.

O igarapé Bate Estacas transbordou na quarta-feira (20) e causou transtornos para os moradores que precisam passar pela Estrada de Santo Antônio, em Porto Velho. A professora Magnólia Santana passou dois dias tentando sepultar um familiar que faleceu.

“Eles [a funerária] não estavam querendo colocar o carro deles aqui, por causa da estrada. Eles deram a sugestão de trocar de carro, mas a gente teve que pagar a mais”, contou a Rede Amazônica.

Na quarta (19), depois de ir até o local e ter que voltar por conta da estrada, a família de Magnólia tentou novamente a travessia com o novo carro na quinta-feira (21).

“Inclusive estamos esperando para atravessar a família de pouco, porque a gente também ficou com medo de colocar o nosso carro”, apontou.

Situação recorrente

Foto: Maico Garcia

Segundo moradores das proximidades do igarapé, a situação de transbordamento é constante, chegando até a se tornar rotineira quando chove. Algumas pessoas se arriscam a atravessar a pé, de motocicleta ou carro, mas outras recuam por medo da correnteza.

“Nós não conseguimos passar por aqui. Inclusive lá por trás, que é uma outra saída que a gente tem caso aqui esteja assim, lá também tá na mesma coisa”, afirmou um morador.

A situação, além de desconfortável, tem causado prejuízos financeiros. A comerciante Kenia Roriz relatou que não tem coragem de atravessar com o carro na água e por isso, deve ter um prejuízo de aproximadamente R$ 3 mil na loja que possui em frente ao cemitério, já que não vai estar lá para fazer as vendas durante o feriado.

Tem quem comemore…

Por outro lado, os pescadores compareceram em massa no igarapé para aproveitar a cheia e pegar alguns peixes. Teve gente pescando com a própria mão.

O que causou o transbordamento?

Segundo a Secretaria Municipal de Serviços Básicos (Semusb), a água do igarapé está passando por cima da pista porque a tubulação por onde a correnteza deveria seguir está entupida e enferrujada.

Para resolver a situação, a pasta informa que é necessário esperar a água baixar para que seja feita uma averiguação mais precisa da estrutura.

Enquanto isso a Defesa Civil Municipal pede que pedestres, motociclista e motoristas de veículos pequenos evitem que atravessar o trecho alagado para evitar acidentes.

“Espere a água baixar para poder passar porque você sabe que corre perigo do carro ser levado para dentro do Igarapé”.