Cruzeiro do Sul, Acre 24 de novembro de 2024 12:35

Ator que substituiu Johnny Depp se destaca no novo “Animais Fantásticos”

Apesar do subtítulo atraente, “Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore”, o terceiro filme de J.K. Rowling da franquia, é parecido com o primeiro, o que quer dizer que parece um prólogo estendido para um filme melhor que ainda está para se materializar.

Fazendo uma retrospectiva, Rowling deveria ter canalizado seus esforços da sequência de Harry Potter em uma série limitada, onde o ritmo lento dita a história.

Em teoria, um filme do “jovem Dumbledore” resolveria algumas das deficiências de “Animais Fantásticos”, fornecendo uma âncora mais dinâmica do que o tímido e hesitante Newt Scamander (Eddie Redmayne).

Além disso, a autora adicionou mais ajuda desta vez, em parceria não apenas com o diretor David Yates, mas com o co-roteirista Steve Kloves, outro veterano da franquia “Harry Potter”.

Foto: Warner/Divulgação

Ainda assim, o enredo gira essencialmente em torno de Dumbledore (Jude Law), em virtude de seu vínculo romântico com o malvado Gellert Grindelwald (Mads Mikkelsen, habilmente substituindo Johnny Depp), que – de maneira autoritária clássica – pretende dominar o mundo mágico e travar uma guerra contra os trouxas.

Como Dumbledore não pode confrontar Grindelwald e seus lacaios diretamente, ele deve recrutar não apenas Newt, mas um grupo eclético de bruxos e bruxas, bem como o amigo trouxa de Newt, Jacob (Dan Fogler).

Mas, além do papel aprimorado de Jessica Williams como Eulalie “Lally” Hicks – que ostenta um sotaque de gângster dos anos 1940 que leva algum tempo para a gente se acostumar -, eles são um grupo bastante indescritível.

Acima de tudo, o mais recente “Animais Fantásticos” se desenrola sem grande senso de urgência, mostrando uma série de aventuras e desvios em direção a um confronto antecipado para frustrar os planos de Grindelwald.

Tendo interpretado vilões em filmes de James Bond, Marvel e agora Harry Potter, Mikkelsen de destaca como uma das grandes surpresas da franquia, quando ele zomba: “Com ou sem você, eu vou queimar o mundo deles”. Assim, ele introduz uma sensação de ameaça que supera quase tudo no filme.

No entanto, mesmo com essa contribuição e o design da produção com seus efeitos caracteristicamente impressionantes, “Animais Fantásticos” dificilmente ganha vida.

O verdadeiro passo em falso pode ter ocorrido quando a Warner Bros. deixou Rowling delinear um formato de cinco filmes, em oposição a no máximo uma trilogia mais convencional – embora a “Variety” tenha divulgado que o quarto e o quinto filmes podem depender de como os “Segredos de Dumbledore” se sairá nas bilheterias.

Seja qual for o veredicto comercial, o filme entrega uma mistura que deixa com gosto de quero mais.

Como “Os Crimes de Grindelwald”, “Os Segredos de Dumbledore” é bem feito, mas no final das contas não empolga. E o enredo atraente novamente nos leva a um filme menos que mágico.